Direito do consumidor
MP enquadra Decolar.com, Submarino Viagens e ViajaNet
Ministério Público de SP quer que as empresas de viagens online deixem
claro em suas páginas da internet a incidência de taxas e encargos sobre o
valor das passagens
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Sites são obrigados
a prestar informações claras sobre tarifas, diz Ministério Público (Thinkstock)
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As maiores agências de viagens online do país - Decolar.com, Submarino
Viagens e ViajaNet - estão na mira do Ministério Público do Estado de São Paulo
(MP-SP). Os promotores de justiça do consumidor querem que essas empresas
deixem bem claro em suas páginas da internet a incidência de taxas e encargos
sobre o valor das passagens.
Há duas semanas, advogados das três companhias foram convocados para uma
audiência no MP-SP com a finalidade de discutir um "Termo de Ajustamento
de Conduta" (TAC), um acordo em que as empresas se comprometem a fazer as
mudanças sugeridas pela promotoria. Segundo a ata da audiência, além de indicar
a cobrança de taxas extras no valor das passagens, as agências devem fazer isso
"em local de destaque, na parte superior da página inicial".
Como o primeiro encontro terminou sem um acordo, advogados e promotores se
reunirão novamente no dia 13 de maio para discutir o TAC. Se os dois lados não
entrarem em consenso, o caso deve ser levado à Justiça. "Informação é um
direito básico do consumidor", diz Flávio Siqueira Junior, advogado do
Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). "Para que se faça uma boa
compra, é imprescindível ter conhecimento claro dos serviços."
Além da taxa de embarque cobrada pelas companhias aéreas, as agências online
acrescem ao valor da passagem uma taxa de conveniência pelos seus serviços -
que, em geral, varia de 40 reais a 45 reais. Em um dos sites pesquisados pela
reportagem, o valor ofertado na página inicial, para uma viagem de ida e volta,
entre Campinas e Rio de Janeiro, saiu 64% mais caro com as taxas: de 130 reais
por 213 reais.
Levantamento feito pelo site Reclame Aqui mostra que Decolar.com, Submarino
Viagens e ViajaNet acumulam mais de 5 mil queixas de consumidores, das quais
322 foram motivadas por "propaganda enganosa". As agências não são
proibidas de cobrar uma comissão por seus serviços.
"Manter uma ferramenta que mostra em uma única tela os preços de todas as
empresas aéreas tem um custo", diz Edmar Bull, vice-presidente da
Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). "Mas isso não
justifica falta de transparência." Ao mesmo tempo em que afirma ser a
favor da iniciativa do Ministério Público, Bull diz que é uma decisão do
cliente concluir ou não a compra, já que a taxa de serviço é informada antes do
"ok" final.
(com Estadão Conteúdo)
Fonte: Veja - Economia
Os direitos do consumidor devem ser observados, seja qual for a área comercial a que se refiram. Pensando nisso, o Ministério Público de São Paulo realiza fiscalização das empresas de viagens online, para garantir que informações como incidência de taxas e encargos contratuais os quais encarecem o valor final das passagens, sejam informados. As 3 maiores do segmento foram enquadradas e a promotoria propôs um Termo de Ajustamento de Conduta, aonde as informações necessárias apareçam em destaque no site e sejam descritos claramente os valores de cada taxa cobrada. Como informação é um direito básico do consumidor, segundo o que afirma Flávio Siqueira Júnior, advogado do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), a medida será de grande benefício aos clientes que buscam efetuar suas compras pelo meio virtual. A intenção é reduzir o volume de reclamações e garantir maior transparência na relação entre consumidores e empresas que comercializam passagens aéreas.
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