Atualmente 21 africanos estudam na Universidade Federal do Tocantins. Aires Panda considera Palmas a capital das oportunidades.
Quando o angolano Aires Paulo Pedro Panda, de 25 anos, desembarcou no Brasil, em 2009, ouviu dizer que em Palmas “só tinha índio”. Era a primeira vez que ele saía do continente africano para começar a faculdade de administração em uma cidade até então desconhecida. Ao chegar na capital mais nova do Brasil, Aires achou tudo diferente, calmo, mas percebeu que Palmas era a cidade das oportunidades.
O angolano é um dos 21 africanos que estudam na Universidade Federal do Tocantins (UFT) atualmente. Eles foram selecionados por meio do Programa Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G), firmado entre o governo brasileiro e países da África, América Latina, Caribe e Ásia. Segundo a Diretoria de Assuntos Internacionais da UFT, a universidadeoferta por ano, uma média de 64 vagas em vários cursos e possui hoje alunos da Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Congo e Haiti .
O angolano é um dos 21 africanos que estudam na Universidade Federal do Tocantins (UFT) atualmente. Eles foram selecionados por meio do Programa Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G), firmado entre o governo brasileiro e países da África, América Latina, Caribe e Ásia. Segundo a Diretoria de Assuntos Internacionais da UFT, a universidade
Aires conta que quando soube que viria para Palmas, fez uma busca rápida na internet, mas que descobriu pouca coisa sobre a cidade. O africano estiloso e que gosta de divulgar a cultura do seu país, ficou temeroso pelo que ele iria encontrar. A cidade calma e pouco movimentada agradou o angolano. “Eu achei aqui muito bom, ando à vontade. É uma cidade tranquila, mas claro que não podemos descuidar”.
Aqui, o estudante é engajado e gosta de promover a cultura africana na UFT. Este ano, eles vão promover a 10ª edição da festa africana, que acontece anualmente em Palmas e que visa promover o intercâmbio entre as culturas.
Embora Palmas seja a capital das oportunidades, ela é também um lugar de passagem para muitos estudantes, que vêm de outros lugares, se qualificam aqui e retornam para o lugar de origem. Este ano, Aires se prepara para concluir a faculdade e voltar para a Angola. De acordo com o convênio, após a colação de grau, o estudante deverá preparar-se para retornar a seu país de origem em período não superior a três meses. Na África, ele pretende trabalhar na área em que se qualificou em Palmas, no setor bancário ou auxliando a mãe no setor de locação de imóveis.
Aires vai embora, mas Palmas vai ficar na lembrança e no coração dele. “Isso foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. A cidade me acolheu, fiz bons amigos, vivi muitas coisas inesquecíveis. Aqui tem pessoas de todos os lugares, que chegam e que ficam para crescer com a cidade”
0 comments:
Postar um comentário