Teatro-festa que, desde 2010, realiza-se com destaque na cena cearense e nacional. O projeto questiona o papel da arte transformista nas artes cênicas, sua saída dos guetos para palcos de teatro, lançando luz e valorizando essa expressão. Dublagem, humor, talk show e improviso em miscelânea de diversão e sensibilidade crítica.
Espetáculo Cabaré das Travestidas
![]() |
Foto Sol Coêlho |
Direção: Silvero Pereira
Ficha Técnica
Direção Silvero Pereira
Produção: Lukas Nóbrega
Técnico de som e luz: Fabio Vieira
Elenco: Deydianne Piaf, Alícia Pieta, Yasmin Shirran, Gisele Almodóvar, Patríca Dawson, Mulher Barbada, Veronica Valentino e Karolaynne Carton
Dias 16 e 23, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Classificação: 16 anos. Duração: 60 minutos.
► Lançamento do livro Papéis Efêmeros da Fotografia
O aumento da fotografia amadora integra as mudanças na cultura e sociedade de São Paulo na primeira metade do século passado. O novo hábito registrou o cotidiano afirmando as histórias individuais, e despertou no comércio boas práticas de estímulo ao consumo, como a produção de material informativo e para uso no atendimento ao cliente. Relegado à segunda importância no momento de sua produção, este material impresso revela informações sobre o circuito da fotografia paulista naquele período e agora reunidos, compõe o livro Papéis Efêmeros da Fotografia, de Rubens Fernandes Junior, que será lançado no dia 18 de junho na Escola Porto Iracema no Dragão do Mar.
Segundo Rubens Fernandes Junior, “no cenário de transformações intensificadas do entre guerras, é natural que a fotografia ocupe um lugar de destaque. A imagem produzida pelo fotógrafo amador adquiriu status diferenciado, pois ele desenvolveu não mais as regras rígidas a que era submetido no estúdio profissional, mas experiências sensoriais de um universo visual totalmente novo. Puro êxtase ao registrar fotograficamente o mundo em movimento. Diante dessa demanda, as marcas dos produtos e as casas fotográficas passam a oferecer um serviço cada vez melhor. Isso inclui a produção de envelopes de papel nos quais devolviam os filmes revelados e as cópias. Nesses pequenos fragmentos do processo, desarticulados e quase desconhecidos, é que concentrei minha atenção a fim de ressignificá-los para a história. O encontro se deu aos poucos, pois no início o que me encantava era exatamente encontrá-los desordenados, perdidos nos percursos erráticos dos documentos inexpressivos.”
Para o pesquisador em design gráfico, Chico Homem de Melo, autor de um dos textos que integram o livro “Fotografia e design gráfico são primos-irmãos. A coleção reunida por Rubens é fruto de um dos muitos cruzamentos dessas duas modalidades de expressão visual. Neste caso, os impressos cumprem funções bem objetivas: é o recibo a operação comercial ou o envelope que acondiciona as tiras de negativo, ou ainda o álbum que exibe as fotos recém-reveladas. Em virtude do caráter prosaico dessas peças gráficas, elas acabam submergindo em uma certa obscuridade que envolve nossas ações habituais – temos a tendência de dirigir um olhar distraído aos pequenos gestos do dia a dia. A gráfica comercial é pródiga em impressos dessa natureza, produzidos sem preocupações para além do uso e do descarte imediato. (...) é um design se autor e, muitas vezes, sem projeto. Essa produção corre o risco de parecer pouco relevante. Para conseguir identificar suas peculiaridades é preciso um esforço de leitura, que pode acabar revelando requintes insuspeitados. É o que acontece com os impressos reproduzidos neste livro.”
O livro “Papéis Efêmeros da Fotografia” foi contemplado com o XIV Prêmio Marc Ferrez de Fotografia e publicado pela editora Tempo d’imagem com distribuição gratuita.
Imprensa
Imagens em alta resolução para divulgação na imprensa podem ser solicitadas através do e-mail:tempodimagem@uol.com.br
Por este email também poderão ser agendados contatos com o autor e editores.
Serviço
Papéis Efêmeros da Fotografia
Palestra de Rubens Fernandes Junior e lançamento do livro
Quinta-feira, dia 18 de junho, às 19h – entrada franca
Local:
Porto Iracema das Artes
Auditório
Rua Dragão do Mar, 160 – Praia de Iracema
Fortaleza – Ceará
(85) 3219 - 5865 / (85) 3219 – 5842
Contato: Isabel Santana Terron | 55 11 99358 7036
► Espetáculo Prometemos Não Chorar – Um Musical de Classe
Grupo Às de Teatro
O musical PROMETEMOS NÃO CHORAR continua fazendo o público de Fortaleza morrer de rir com suas histórias e cantar a melhor seleção de canções bregas. Garantindo continuar proporcionando bons momentos, o espetáculo, que já foi visto por quase seis mil pessoas, continua em temporada no Teatro Dragão do Mar. Nos dias 18 e 19 de junho, serão realizadas as duas últimas apresentações.
O elenco de dez atores-cantores transporta o público a Fortal City na década de 1950 para conhecer as irmãs Perfídia, Carol e Diana. As moças sofrem com os abusos da madrasta Lady Laura e de sua filha Sandra Rosa e se veem obrigadas a trabalhar em um bar local (chamado Irapuan Clube) submetendo-se aos maus tratos do dono do estabelecimento, Charlie Brown. Perfídia, a filha do meio, faz shows no bar; Diana, a mais nova, é garçonete; enquanto Carol, a mais velha, é a responsável pela limpeza. Tudo muda quando as irmãs se empenham em descobrir os mistérios que envolvem a morte do pai e a herança da família.
A comédia, escrita pelo diretor Glauver Souza em parceria com Vanessa Pinheiro e Bruno do Vale, passeia pelo universo brega apresentando à plateia os sucessos e a estética do gênero. As canções foram escolhidas dentre sucessos dos anos 1960 até os dias de hoje. As músicas bregas dão o tom indispensável na encenação. Com um repertório preenchido pelos maiores clássicos do gênero, PROMETEMOS NÃO CHORAR é uma viagem ao universo do romantismo exagerado e do amor sofrido. Todas as canções são tocadas e interpretadas ao vivo pelos artistas. Figurinos e cenários transitam entre o luxuoso e o kitsch e revelam influência do Teatro de Revista de Walter Clark.
O Grupo Ás de Teatro
Com constante trabalho na construção de uma estética própria dentro do universo do Teatro Musical, o Grupo Ás de Teatro tem se tornado referência fundamental no Teatro Cearense aliando interpretação, canto e dança em produções que expõem o talento dos artistas locais e emociona o público. Em seu currículo estão as produções "Você Não Consegue Parar!" (2009), "Companhia" (2011) e "Audições Abertas – O Musical" (2012).
Ficha Técnica
Texto original de Vanessa Pinheiro, Bruno do Vale e Glauver Souza
Direção musical: Thiago Nunes
Direção geral: Glauver Souza
Elenco: Aline Rodrigues, Aretha Costa, Bruno do Vale, Fabiano Veríssimo, Jordhana Botelho, Júlio Lira, Karla Brito, Lívia Grego, Lucas Teófilo e Samanta Sanford
Dias 18 e 19 de junho, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Classificação: 12 anos.
Contato: Glauver Souza (99682-9339 / glauversouza@gmail.com)
► Pôr do som – Música de Câmara no Dragão
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura apresenta ao público mais uma programação para encher de boas vibrações o fim de tarde por aqui. É o projeto semanal Pôr do Som – Música de Câmara no Dragão que, todos os sábados, às 17h, trará em apresentação gratuita um grupo de instrumentistas da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual do Ceará (Osuece), na Arena Dragão do Mar. No sábado do dia 20 de junho, o público vai conferir o Grupo de Choro da Uece.
No Pôr do Som, os grupos de câmaras (música erudita composta para um pequeno grupo de instrumentos ou vozes) oriundos da OSUECE, com formações variadas, mostrarão um repertório variado de música de concerto de câmara de vários compositores cearenses, brasileiros e de outras nacionalidades. Serão apresentados até canções imortalizadas pelo cinema e músicas que compõem as trilhas de jogos de videogame, entre outras surpresas.
Todos os sábados, às 17h, na Arena Dragão do Mar. Gratuito.
► Lançamento do Clipe "A Casa de Ontem", de Jord Guedes
Dia 20, às 18h, no Auditório. Acesso gratuito.
► Duetos 3ª Edição - Com Isabella Taviani e Lupe Duailibe
Mais um Projeto Duetos traz grandes nomes da música popular brasileira em dobradinha com cantores cearenses. Nesta edição, Isabella Taviani e Lupe Duailibe apresentam cada qual seu show ao público do Dragão do Mar.
A jornada de Isabella Taviani começou nos bares da noite carioca em 1992 e levou a cantora a conquistar um lugar de destaque na MPB. Filha de pianista clássica e neta de cantor de ópera, cursou canto lírico por 6 anos e teatro na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Desde então, desenvolve um estilo que cativa a todos pela força e melodia envolvente de suas composições. A trajetória artística e pessoal incorpora as fontes de onde se nutriu. De Dalva de Oliveira a Elis Regina, de Maria Callas a Maria Bethânia e Simone, Isabella flerta com estilos "clássicos" da MPB com a mesma naturalidade com que compõe a verve popular nas canções.
A cantora lançou o primeiro CD em 2003 e conquistou as rádios do país inteiro com os hits "Foto Polaroid", "Digitais", "Canção para um Grande Amor" e "De Qualquer Maneira ("Peixinho", para os íntimos). Em 2007, Taviani entrou em estúdio para a gravação do terceiro disco: "Diga Sim", lançado em agosto do mesmo ano. O trabalho chegou ao mercado já embalado por dois temas de novelas da Rede Globo: "Luxúria", de Sete Pecados, e "Ternura", de Duas Caras. Ultrapassou 60 mil cópias de CDs e DVDs vendidos do "Ao Vivo" e mais de 40 mil cópias do CD "Diga Sim", seguindo sua jornada em velocidade intensa e segura.
Hoje, a artista faz turnê pelo Brasil, fazendo apresentações solo e com a banda formada por Pedro Mamede na bateria, Felipe Melanio na guitarra, Arthur Palla no baixo e Sérgio Morel na guitarra. O cenário do show é um dos grandes destaques do espetáculo - são mais de 1.000 raio-x enviados por fãs do Brasil e do exterior através de um pedido feito por Isabella nas Redes Sociais.
Lupe Duailibe
"Sou, além de outras coisas, uma cantora nascida de uma família maranhense com origem Árabe. Vim para o Ceará aos 13 anos e logo me apaixonei pela cidade, pelas pessoas e escolhi aqui para morar. Entrei no universo da música profissional através dos bares no final dos anos 80 e fui uma das primeiras mulheres a tocar e cantar na noite Fortalezense. Em 2000 gravei meu primeiro Cd intitulado SE PARAR CAI, que fez grande sucesso com a canção VIDA CIGANA. Em 2003 gravei o Cd SOL E VIOLÃO com um repertório de canções conhecidas escolhidas pelo público e em 2004 gravei o Cd acústico O VERMELHO com um repertório inédito que inclui entre outras canções: SEM SENTIDO, É SEMPRE ASSIM e NOTRE VIE. Atualmente estou preparando o quarto Cd e algumas canções como VAI E VEM, CEREJEIRA E FOGUEIRA DAS PAIXÕES já estão incluídas em meu repertório de shows".
Dia 20, às 21h, no Anfiteatro. Ingressos 2º lote: R$ 60 e R$ 30 (meia), à venda na bilheteria do Dragão.
► Os Cavaleiros
Grupo Alumiar Cenas & Cirandas – Direção: Socorro Machado
Com um texto feito a partir de figuras fantásticas e reias da nossa Cultura Popular, o espetáculo Os Cavaleiros, do grupo de teatro Alumiar Cenas & Cirandas, dá seguimento à temporada de apresentações no Teatro Dragão do Mar.
Na peça, uma visão sagrada e profana envolvem a vida de uma comunidade de vaqueiros. O folguedo do bumba-meu-boi e os sete pecados capitais são como características da essência humana. Os brinquedos cantados e a religiosidade se entrelaçam como fios nas mãos dos personagens, que apresentam um texto rico em torno do grande universo que é a Cultura Popular.
Sob a direção geral de Socorro Machado, Os Cavaleiros traz a inclusão para cena teatral. O espetáculo tem a participação de dois atores deficientes visuais e conta com intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e áudio-descrição durante as sessões.
O grupo cearense de teatro Alumiar Cenas & Cirandas, com 15 anos de existência, é composto por pesquisadores e estudiosos da cultura popular, arte-educadores, pedagogos e comunicadores, que têm como filosofia o Teatro Pedagógico, visando à transformação do indivíduo a partir da educação.
Dias 20 e 21 de junho, às 19h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Classificação: 9 anos.
► Encerramento do Imersão – Um Mergulho na Cultura Sound System
Dub Foudation Sound System apresenta no Dragão a música de Deskareggae (BH), Reggaematic (SP) e Johnny Osbourne (The Godfather Dancehall)
Dia 20, às 17h, na Praça Almirante Saldanha. Acesso gratuito.
► Recital e Feira Cordel com a Corda Toda
Tão característica da cultura nordestina, a literatura de cordel tem vez e lugar no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Todo mês, tem Recital e Feira Cordel com a Corda Toda, realizado em parceria com a AESTROFE – Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará, instituição que congrega boa parte dos poetas populares do nosso estado. A Feira ocorre sempre paralelamente ao recital com os principais expoentes da Literatura de Cordel na atualidade, das 17h às 21h. Os artistas declamarão versos autorais e de vários outros poetas populares.
Dia 21 de junho, às 17h, no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito.
► Fuxico no Dragão
Atrações artísticas e uma feirinha jovens expositores em design, moda, produtos terapêuticos e gastronômicos agitam as tardes de domingo do Centro Dragão do Mar. O programa perfeito para jogar longe o marasmo dominical. Neste domingo, apresenta-se mais uma vez o Trio Mistura Brasileira. O grupo surgiu da união de três músicos: Moacir Bedê, no bandolim e flauta; Marco Túlio, no violão; e Nilton Fiore, na percussão, que, interessados em difundir e reafirmar a importância da música instrumental brasileira, resolveram desenvolver um trabalho abordando essencialmente gêneros e estilos da musica popular brasileira. No show, diferente da
música instrumental estigmatizada, traz uma grande diversidade rítmica que
inclui gêneros e compositores da Bossa Nova, Choro, Samba, Maxixe, Baião,
Frevo, Maracatu e o Latin Jazz.
Dia 21 de junho, das 16h às 20h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.
Contato: Soledad Brandão (9728-6576 / soledadbrandao@gmail.com
► Brincando e Pintando no Dragão do Mar
Brincadeiras e atividades infantis para todas as idades orientadas por monitores.
Todos os domingos, das 16h às 19h, na Praça Verde. Acesso gratuito.
EXPOSIÇÕES EM CARTAZ
► Ela
Ocupando todo o piso superior do MAC-CE, a exposição de Bruno Vilela – pela primeira vez em mostra individual em Fortaleza – apresenta treze obras das séries Animattack e Dia de festa é véspera de dia de luto, que fazem referência ao conceito da Anima, da psicologia junguiana, que é a personificação do inconsciente masculino na figura de uma Deusa.
“Essa entidade surge de várias maneiras nos meus quadros: nos olhos enigmáticos num fundo azul; em rostos femininos em que os outros elementos humanos como boca e nariz são suprimidos, reforçando esse olhar; em memórias de infância, através da desconstrução de fotos antigas de simples festas de aniversário”, exemplifica o artista.
A obra Ela, que dá nome à exposição, é fundamental para o entendimento da série. É o aparecimento de uma figura feminina fantasmagórica no meio da natureza. Sem cabeça, as mãos são levadas de modo desesperado ao local onde ela deveria existir. No meio da floresta o homem se funde com a mata e, então, finalmente, Ela, a consciência da existência, toma conta do ser humano que tem medo profundo do que não sabe explicar. “A Mãe Terra, La loba, A bruxa, A Santa, A deusa, Ela, são vários os nomes dados ao sentimento de integração com o cosmos ao longo das eras por diversos povos primitivos, em lendas escritas, tradição oral, pinturas e esculturas”, explica.
Entre as obras expostas, o público poderá conferir um trabalho inédito, feito exclusivamente para o Dragão do Mar: uma pintura na parede, feita com grafite e óleo, numa técnica nova descoberta pelo artista numa recente residência em Lisboa. Além disso, a exposição lança o filme Se Cria Assim, documentário dirigido pelo cineasta Beto Brant sobre o processo criativo de Bruno Vilela.
O filme mostra o processo do artista no ateliê, desde suas técnicas de pintura e desenho até referências de seus misteriosos cadernos – que estarão numa vitrine em exposição –, passando por um dia de fotografia na floresta. Entre entrevistas e depoimentos, o filme é um passeio pela obra e vida do artista pernambucano.
Piso superior do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h; e aos sábados, domingos e feriados das 14h às 21h. Gratuito.
► Interstícios
A exposição Interstícios ocupará duas salas do andar inferior do MAC-CE, com obras dos artistas Célio Celestino, Cris Soares, Emanuel Oliveira, Haroldo Saboia, Filipe Acácio, Jared Domicio, Marcos Martins, Herbert Rolim e Milena Travassos. Todos trazem em comum as singularidades em torno da ideia de um corpo sensível, aberto à experimentação, a novas rupturas e aos abalos estruturais, desfazendo construções complexas e organizadas para a constituição de outras.
“Cada trabalho ressoa essa experiência por meio de fissuras, dobras, torções, sobreposições, rasgos e fendas. Interstícios que se estruturam tanto como uma espécie de memória do diálogo com o outro, mas também se mostram como zona de inventividade de qual se é possível pensar em outros caminhos poéticos para as obras em questão”, define a curadora da exposição, Ana Cecília Soares.
A jornalista e crítica de arte desenvolve ainda que os artistas entregam-se ao estranhamento de si próprios, deixando-nos índices em forma de fissuras, ranhuras, marcas, sobreposições e atritos de suas trocas sensíveis, afetações recíprocas e deslocamentos existenciais. “Todos, interstícios, configurados como zonas de inventividade que permitem ponderar uma relação particular entre o mundo percebido por cada artista e aquilo que não aparece normalmente no que é”.
Piso inferior do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h; e aos sábados, domingos e feriados das 14h às 21h. Gratuito.
► Sobrenaturezas Sobnaturezas
Com curadoria de Valéria Laena e Bitu Cassundé, “Sobre Naturezas Sob Naturezas” une os acervos do Museu da Cultura Cearense e do Museu de Arte Contemporânea para apresentar um recorte da arte popular cearense, marcada pela riqueza e diversidade do seu artesanato e forte expressão do imaginário social.
Entre 67 trabalhos de artistas como Racar, Antonio Bandeira, Nino, Manoel Graciano, Mestre Chico, Beto, Abraão Batista, Cícera Lira, Luiz Hermano, Mestre Alencar e Chico da Silva, constam obras esculpidas em madeira, modeladas no barro ou desenhadas em papelão, ex-votos, mamulengos e xilogravuras. Surgem curiosas figuras do Reisado de Congo, assombrantes máscaras dos Reis de Couro, orixás, sereias, bonecos de traços humanos perfeitos ou unidos à fantasia.
“A exposição apresenta um recorte que articula o acervo do MAC e MCC, evidenciando distintas naturezas que se aproximam por um viés mágico, por fabulações que habitam as lendas, o onírico e estão presentes na oralidade, na ficção, nas lendas, nos seres ou coisas, no sincretismo religioso. A exposição interliga diferentes acervos, une o popular com o contemporâneo numa estreita relação entre vida e a arte”, explica o curador Bitu Cassundé.
Piso intermediário do Museu da Cultura Cearense (MCC). Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h; e aos sábados, domingos e feriados das 14h às 21h. Gratuito.
► Exposição A Palavra e o Traço
Com curadoria da historiadora Valéria Laena, a exposição promete levar o visitante a um passeio pela história pessoal e profissional do arquiteto, urbanista, poeta, cantor e letrista Fausto Nilo, que se tornou um dos nomes cearenses mais consagrados da cultura nacional. A partir de desenhos, fotos pessoais, fragmentos de composições, croquis, entre outros itens, a exposição abordará a trajetória do multitalentos, já homenageado em dezembro de 2014, no Dragão do Mar, por ocasião do seu septuagenário, quando lançou o seu último álbum, “Palavras Abandonadas”.
Ao longo de 40 anos de carreira, Fausto inseriu sua assinatura em grandes obras urbanas - como o projeto arquitetônico do Centro Dragão do Mar e da Praça do Ferreira - e em grandes obras musicais brasileiras. Foram mais de 400 letras registradas por mais de 100 parceiros, entre músicos e intérpretes do cancioneiro popular nacional, tais como Gal Costa, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Simone, Caetano Veloso, Nara Leão, Lulu Santos e Zeca Baleiro.
A exposição está dividida em dez seções. A primeira, QUIXERAMOBIM: 1944 – 1955, traz um breve histórico do lugar em que nascia o menino Fausto. Em FORTALEZA: 1956 – 1964 e PRAÇA DO FERREIRA: Década de 1960, o visitante fará um verdadeiro percurso pela cidade de Fortaleza às épocas. FACULDADE: 1965 – 1970 narra as memórias do período em que o artista inicia seu aprendizado como arquiteto. CONGRESSO DA UNE -1968 discorre sobre a turbulenta oposição ao regime militar e sua participação no movimento estudantil.
BRASÍLIA E SÃO PAULO: 1971 – 1975 aborda o tempo em que Fausto sai do Ceará e começa a trabalhar na profissão como urbanista. A seção RIO DE JANEIRO: 1976 – 1988 fala sobre a época da boemia, período em que Fausto inicia suas principais parcerias musicais e compõe as músicas mais consagradas da sua carreira. FORTALEZA E FAMÍLIA: 1988 trata sobre o retorno de Fausto a Fortaleza e a formação do seu núcleo familiar.
ARQUITETURA E URBANISMO: Década de 90 traz os principais projetos arquitetônicos e urbanísticos do artista, entre eles o Dragão do Mar, a Ponte dos Ingleses, a Praça do Ferreira e o Mercado São Sebastião. O passeio encerra com a seção FAUSTO NILO 70, onde poderá ser apreciado um apanhado da sua carreira musical, com mostra dos discos que ele gravou, fotos atuais, trechos de suas principais composições e áudios de suas canções mais conhecidas.
No Museu da Cultura Cearense. Acesso gratuito. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h; e aos sábados, domingos e feriados das 14h às 21h. Gratuito.
Luar Maria Brandão
Assessoria de Comunicação do Instituto Dragão do Mar
0 comments:
Postar um comentário